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domingo, 22 de agosto de 2010

Have you ever been so lost?

O vento cortante bate contra meu rosto quente, junto com todas as verdades dilacerantes que me guiam. Palavras gélidas se misturam com este ar úmido e lentamente acabam corroendo um pedaço de mim. Uma mistura de sentimentos toma conta de minha alma, impregnando-a com esta confusão maravilhosa e eu não consigo correr disto. Estou paralisada no tempo e no espaço. Olho para o céu e o sol que deveria ser iluminador, se torna cegante. As avenidas usadas desta cidade fazem com que meu cansaço aumente. Não existem apoios para me segurar, não existem bancos para acalmar o meu desgaste: A vida realmente não costuma me dar tréguas.
Eu quero ir embora deste lugar, me livrar das lembranças que aqui permanecem. Mas quando penso em fugir, vejo que por algum motivo inexplicável, eu estou presa a este pequeno inferno.
Não tenho passatempos para me distrair, não tenho vícios para me afogar: Sou obrigada a conviver com esta realidade nua e crua.
Eu tenho todas as respostas para minhas perguntas, mas não sei como usá-las. Eu quero reagir, mostrar este meu lado forte, me arriscar, mas me falta coragem. Coragem de admitir que a verdade me machuca, apesar de ser extremamente necessária; Coragem de bater de frente com ela e mostrar que posso superá-la.
Eu não tenho um passado com ressentimentos, eu não tenho medo do futuro; O que realmente me assusta é esse presente incerto e duvidoso.
Esta dor resistente confronta-se com minha felicidade inabalável. Eu não quero me machucar, mas não consigo mais lidar com mentiras e expectativas. Eu quero a cura, mesmo que isso me deixe doente.

Você já se sentiu assim, tão perdido? Sabendo o caminho, mas ainda assim tão perdido?

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