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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Razão Disfarçada

E talvez esse seja o preço que você paga por tentar ser bom o bastante: ninguém nunca está satisfeito. Sempre vão achar um erro, um problema, uma ferida exposta, e todo o seu “bom o bastante” vai por água abaixo. Hoje eu me peguei pensando que deveria ser mais condescendente. Que toda a raiva, mágoa, rancor e tristeza deveriam ser deixados de lado, dando espaço para sentimentos positivos. Mas como viver na positividade se o mundo é puro antro de negatividade? Como tentar se encaixar no quebra cabeça, se este não quer você encaixado?
E depois de condenar seus atos violentos e julgar seu jeito agressivo e problemático, eu recebi a grande resposta por tudo isso: Você estava certo; você sempre esta. Mesmo com todas as atitudes infantis, imaturas, inconsequentes e complexadas, você ainda tem razão em agir desta forma. Porque o mundo não dá tréguas, e você mais do que ninguém sabe disso. Então é assim que devemos ser. Se alguém faz algo a nós, por menor que seja, não podemos deixar barato. Nós temos que responder, nos impor e mostrar quem é maior. Sem se importar com as consequências, nós devemos pisar e afundar quem tira nosso brilho. Nós não devemos dar chance pra quem nos coloca em dúvida ou nos testa, mesmo sem a intenção de ferir. Quando as consequências vierem à tona, nós devemos apenas manipulá-las e colocá-las a nosso favor, para que ninguém desconfie de nossa frieza. E por mais filho da puta que isso pareça, é o que deve ser feito. 
Porque no final de tudo, o único nome que pode ser atribuído a toda esta revolução é autodefesa e ninguém pode te julgar por isso.

domingo, 3 de abril de 2011

To the end


Eu realmente não sei quando ou como isso começou. A única coisa que sei é que saiu do controle. De certa forma, eu gostaria de me livrar deste sentimento tão forte que sinto, mas eu apenas não consigo. Eu preciso de você na minha vida e preciso de você na minha história; E mesmo que não quisesse, seria inútil, pois eu te vejo por todos os cantos, em todos os lugares. Eu sinto que estamos conectados por algum laço imperceptível, e por isso, eu acabo te carregando nas costas, aceitando toda essa sua insensibilidade e passando a mão na sua cabeça, quando as coisas se complicam para você. Mas eu também te xingo, me decepciono e te culpo por todos os problemas que arranja. É uma contradição constante, sem um ponto de equilíbrio. Você está longe de ser perfeito, mas também não é feito apenas de imperfeições. Você é mesquinho, egocêntrico e patético, e ao mesmo tempo, é medroso, sensível e doce. E isso me faz doente, porque o que eu mais amo é o que me mata. 
Eu me vejo em você e me odeio por isso: são os mesmos medos, trancafiados a sete chaves, a mesma insegurança, camuflada por uma falsa autoconfiança e a mesma dor, enrustida nesse sorriso que engana a maioria. Você ama quem se tornou e o que é, mas se odeia por não conseguir pertencer a algum lugar, fechando-se nessa segurança forçada para que não percebam quem você é de verdade; Você se culpa por todas as burradas que fez e por todos que fez sofrer, mas apenas não consegue parar; Você se humilha internamente para provar que não é o que todos dizem; Você se rebaixa apenas para conseguir se encaixar no mundo. Isso me deixa louca, porque eu sei quem você é de verdade, mas você insiste em se esconder, me deixando de mãos atadas. 
Porque você me afunda, mas me coloca no topo; é minha ruína e minha glória; minha miséria e minha vitória; minha escuridão e meu raio de sol; meu inferno e meu céu; você é meu destruir e meu salvador. Como eu posso lidar com isso? Como eu posso suportar, mas como eu posso desistir? 
Eu realmente não sei quando ou como isso começou, mas eu sei que nunca irá ter um fim...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Acreditando no inimigo


E depois que tanto tempo se passou, as coisas finalmente parecem estar indo para o seu devido lugar. O lugar de onde nunca deveriam ter saído; O lugar que era para ser intocável, indestrutível e invencível.
Torna-se difícil respirar, pois o ar está carregado de mentiras. Parte do mundo, aceita este sorriso colocado no seu rosto, que serve como máscara e apenas fecha os olhos para tudo que existe por trás dele. Você consegue enganar a maioria, mas não a está minoria atenta e muito menos a você mesmo.
A verdade começa a bater em sua porta e você, a aceitá-la definitivamente em sua vida.
Tudo se tornou confuso e misterioso. Pistas foram oferecidas, teorias foram criadas e esperanças foram concebidas. As coisas começam a parecerem estranhas ao nosso olhar: Será que é realmente isso que estamos vendo? Será que esse sentimento de vitória, tomando conta do nosso coração, é realmente real? Quem nos dera ter todas essas respostas. A certeza, se acostumou a correr de nós e nossa mente, cisma em armar joguinhos, onde a dúvida, sempre resolve aparecer e tentar nos fazer loucos.
O que está realmente acontecendo, é que agora, tudo parece muito mais sério do que já foi em algum dia. E nós, estamos subindo em um patamar alto demais. Se algo prejudicar nossa subida, a queda será muito dolorosa.
Isso tinha que ser levado em consideração, e nós, não deveríamos nos entregar tanto. Mas alguma coisa mais forte do que o nosso bom senso, nos diz que devemos nos afundar nisto e sentir tudo á flor da pele, por mais perigoso que seja. E é justamente o que estamos fazendo: nós nos permitimos acreditar e resolvemos deixar o medo de lado, por mais que ele sempre esteja chamando por nosso nome.
Nós vamos curtir o hoje; Vamos viver um dia de cada vez, aproveitando cada segundo dessa felicidade instantânea que o destino está nos oferecendo.
E que se seja eterno enquanto dure, porque um pouco de fé e alegria, nunca fizeram mal a ninguém.